O poder corruptor do poder
Sociologicamente, é mais fácil explicar que o poder, pelas inúmeras facilidades que oferece, acabe por influenciar os homens individualmente, já que “cada homem tem o seu preço”, tornando-os alvos fácil diante das tentações do poder.
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Difícil é entender como o poder pode corromper visceralmente grupos tão grandes, dilacerando quase todo um tecido social.
Tomemos como exemplo a quase previsível série de escândalos envolvendo o PT, em todas as esferas de poder que o partido detém. Foram tantos e tantos outros presumivelmente por eclodir que já nem se pode mais sequer supor de onde virão.
O que mais impressiona é o curto tempo entre passado e presente. Fora do poder e querendo conquistá-lo, O PT travava tenaz luta e denunciava a título de corrupção do poder vigente, a tudo e a todos. E hoje, quando no poder, aqui, ali e alhures, é alvo quase sempre das mesmas denúncias de corrupção, variando tão somente quanto ao volume dos recursos e do número de pessoas.
Pior que as denúncias; comprovadas ou não, é a desfaçatez dos argumentos utilizados pelo PT e seus principais dirigentes, quando na tentativa de explicar o que parece inexplicável, utilizam-se de comparativos com os poderes passados, justificando assim os seus erros presentes.
As justificativas dadas pelo PT, de tão injustificáveis, beiram o cinismo. É como se o PT, negando todo o seu passado de lutas contra a corrupção, fizesse agora um mea culpa, pedindo perdão por tudo e a todos os que erraram e foram por ele denunciados perante a Nação.
É sabido que, na estratificação social, existe o quase paradigma de que “os exemplos vêm de cima”. Se verdadeiro, os mais altos dirigentes petistas, liderados pelo presidente Lula, dão os piores exemplos à sociedade brasileira, do alto para baixo. O presidente, ungido pelo efeito “teflon”, a cada fato denunciado à Nação, de pronto apresenta uma justificativa.
Agora, quando estourou o escândalo dos cartões corporativos, mesmo diante da instalação de uma CPI no Congresso e com a renúncia de uma das suas ministras pega em flagrante delito e ré confessa, o presidente teve a desfaçatez de defender a ministra que saiu, quando da posse do novo titular.
Não se pode esperar que esteja acontecendo em todas as camadas do tecido social brasileiro outra coisa a não ser um processo infeccioso; viral e virulento, de todos os princípios éticos. Quase o mesmo processo que fez por muito tempo o povo, notadamente o nordestino, pensar politicamente de que valia a pena votar em alguém que “rouba, mas faz”.
Daí por diante, fica difícil conter a horda de médios e pequenos ladrões que por certo, munidos dos exemplos maiores de impunidade, passarão a agir por esse Brasil a fora.
Difícil é entender como o poder pode corromper visceralmente grupos tão grandes, dilacerando quase todo um tecido social.
Tomemos como exemplo a quase previsível série de escândalos envolvendo o PT, em todas as esferas de poder que o partido detém. Foram tantos e tantos outros presumivelmente por eclodir que já nem se pode mais sequer supor de onde virão.
O que mais impressiona é o curto tempo entre passado e presente. Fora do poder e querendo conquistá-lo, O PT travava tenaz luta e denunciava a título de corrupção do poder vigente, a tudo e a todos. E hoje, quando no poder, aqui, ali e alhures, é alvo quase sempre das mesmas denúncias de corrupção, variando tão somente quanto ao volume dos recursos e do número de pessoas.
Pior que as denúncias; comprovadas ou não, é a desfaçatez dos argumentos utilizados pelo PT e seus principais dirigentes, quando na tentativa de explicar o que parece inexplicável, utilizam-se de comparativos com os poderes passados, justificando assim os seus erros presentes.
As justificativas dadas pelo PT, de tão injustificáveis, beiram o cinismo. É como se o PT, negando todo o seu passado de lutas contra a corrupção, fizesse agora um mea culpa, pedindo perdão por tudo e a todos os que erraram e foram por ele denunciados perante a Nação.
É sabido que, na estratificação social, existe o quase paradigma de que “os exemplos vêm de cima”. Se verdadeiro, os mais altos dirigentes petistas, liderados pelo presidente Lula, dão os piores exemplos à sociedade brasileira, do alto para baixo. O presidente, ungido pelo efeito “teflon”, a cada fato denunciado à Nação, de pronto apresenta uma justificativa.
Agora, quando estourou o escândalo dos cartões corporativos, mesmo diante da instalação de uma CPI no Congresso e com a renúncia de uma das suas ministras pega em flagrante delito e ré confessa, o presidente teve a desfaçatez de defender a ministra que saiu, quando da posse do novo titular.
Não se pode esperar que esteja acontecendo em todas as camadas do tecido social brasileiro outra coisa a não ser um processo infeccioso; viral e virulento, de todos os princípios éticos. Quase o mesmo processo que fez por muito tempo o povo, notadamente o nordestino, pensar politicamente de que valia a pena votar em alguém que “rouba, mas faz”.
Daí por diante, fica difícil conter a horda de médios e pequenos ladrões que por certo, munidos dos exemplos maiores de impunidade, passarão a agir por esse Brasil a fora.
Gerson Menezes é publicitário
8 comentários:
Parodiando Lula, "nunca na história deste país" tanto funcionário público foi processado, preso e perdeu o cargo por improbidade administrativa e crimes assemelhados. É um recorde, foi matéria em todos os jornais. Os ladrões, estes sempre existirão, e no Brasil sempre existiram (sociologicamente, sabe-se que onde há homens, há conflitos), o que não havia era um governo que "cortava na carne" para cassá-los.
Ingenuidade é quem pensa que em algum partido político não há infratores. Como disse há pouco, onde há homens, há conflitos.
Gerson Menezes ao Anônimo:
Perguntaria então ao coro anônimo:
- É o governo quem prende?
- Quem faz a denúncia é o governo?
- Porque teria aumentado a incidência de prisões e denúncias relacionadas a membros do governo?
- Teria o governo criado leis específicas, que tenham possibilitado à justiça processar e prender corruptos na atualidade nacional?
No meu artigo, tudo o que fiz foi traçar um parelo entre a indignaçao do PT quando oposição e o PT de agora, quando governo e a forma como os dirigentes petistas, tentam justificar os erros do hoje, refletindo-os com os erros passados.
Se aceitas tais justificativas, traduziremos da seguinte maneira: - "Façam o que eu digo... Não façam o que faço".
O novo paladino da moral e da justiça, parece querer expiar alguma culpa do passado.
O filósofo Olavo de Carvalho, já em 1994, no seu livro "A Nova Era e a Revolução Cultural" (disponível online aqui - http://www.olavodecarvalho.org/livros/neindex.htm ), bem como no seu "O Imbecil Coletivo", de 1996 e no "O Jardim das Aflições", de 1995, já dava uma prévia o que ia ser o governo do PT, baseado uniamente na "Campanha Pela Ética" movida contra Collor (por sinal, hoje aliado do PT).
São livros escritos há mais de 10 anos. Trata-se, portanto, da crônica de um mensalão anunciado.
O melhor de turdo é o apego ao chamado "Argumento Tu Quoque": Aqueles que ontem eram os paladinos da ética, hoje respondem às acusações com outras acusações.....
Zelão, pra o companheiro Edgar:
Assim sendo; peço desculpas ao filósofo, pelo plágio descarado que fiz.
qual plágio?
Zelão:
Em dizer que o poder corrompeu o PT.
Ah, não, aí não tem plágio. A posição do Olavo é de que o PT não foi "corrompido". Só está atuando dentro da práxis revolucionária. Aquele papo de ética era tática para amedrontar os adversários e conquistar o imaginário popular.
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