ME POUPE
Imaginava-se que o chilique de Luciano Huck, após o roubo do seu Rolex, esgotaria o lote de atitudes ridículas referentes ao tal episódio. Ledo engano. A revista ÉPOCA desta semana conseguiu superar todas as expectativas, com uma capa imbecil e uma matéria cheia de retórica vazia e que tenta justificar o injustificável.
Está claro que a publicação das organizações Globo pretendeu fazer um desagravo a Huck, que sofreu duros ataques por ter reagido tão histrionicamente ao assalto de que foi vítima. O compositor Zeka Baleiro chegou a questionar se o apresentador ficaria tão indignado se assistisse a uma chacina no Capão Redondo.
Huck espumou. Disse que tem consciência social e visita a periferia "uma vez por semana". Tem ainda uma ONG que paga meio salário mínimo anualmente a 200 jovens carentes. Dá para perceber que quanto mais o rapaz tenta se explicar, mais ele se complica. O homem do Caldeirão realmente se consagrou como representante legítimo de uma elitezinha inconsciente e inconseqüente. Não foram de graça as mais de 50 mil críticas que recebeu, segundo registros do Google.
Mas a ÉPOCA, com uma interpretação grosseira dos fatos, desqualifica as contestações a Huck, atribuindo-as a inveja e a um maniqueismo que manchariam a alma do brasileiro. Vê se pode! Maniqueísta foi a própria ÉPOCA, ao imprimir na sua capa, sobre uma enorme foto do apresentador, a pergunta: "Ele merecia ser roubado?" (sic).
O que a revista tenta fazer é desqualificar a crítica e restaurar a imagem do menino da Globo, que ele mesmo arranhou com seus gritinhos nervosos na Folha de São Paulo. É lógico que Luciano Huck não merece ser "roubado" (aliás, a ÉPOCA comete aí uma imprecisão, pois não se rouba a pessoa, mas o objeto). Ninguém merece ser roubado, assim como nenhum brasileiro pode se considerar possuidor de privilégios especiais porque paga "uma fortuna "de impostos".
Portanto, não se trata de inveja, muito menos de neofascismo, como tachou ÉPOCA. A reprovação ao chilique de Luciano Huck é uma reação legítima de uma sociedade que cada vez mais rejeita e protesta contra o sentimento de que uns são melhores que outros. Costuma-se dar a isso o nome de desigualdade.
* Jornalista e bacharel em Direito
Está claro que a publicação das organizações Globo pretendeu fazer um desagravo a Huck, que sofreu duros ataques por ter reagido tão histrionicamente ao assalto de que foi vítima. O compositor Zeka Baleiro chegou a questionar se o apresentador ficaria tão indignado se assistisse a uma chacina no Capão Redondo.
Huck espumou. Disse que tem consciência social e visita a periferia "uma vez por semana". Tem ainda uma ONG que paga meio salário mínimo anualmente a 200 jovens carentes. Dá para perceber que quanto mais o rapaz tenta se explicar, mais ele se complica. O homem do Caldeirão realmente se consagrou como representante legítimo de uma elitezinha inconsciente e inconseqüente. Não foram de graça as mais de 50 mil críticas que recebeu, segundo registros do Google.
Mas a ÉPOCA, com uma interpretação grosseira dos fatos, desqualifica as contestações a Huck, atribuindo-as a inveja e a um maniqueismo que manchariam a alma do brasileiro. Vê se pode! Maniqueísta foi a própria ÉPOCA, ao imprimir na sua capa, sobre uma enorme foto do apresentador, a pergunta: "Ele merecia ser roubado?" (sic).
O que a revista tenta fazer é desqualificar a crítica e restaurar a imagem do menino da Globo, que ele mesmo arranhou com seus gritinhos nervosos na Folha de São Paulo. É lógico que Luciano Huck não merece ser "roubado" (aliás, a ÉPOCA comete aí uma imprecisão, pois não se rouba a pessoa, mas o objeto). Ninguém merece ser roubado, assim como nenhum brasileiro pode se considerar possuidor de privilégios especiais porque paga "uma fortuna "de impostos".
Portanto, não se trata de inveja, muito menos de neofascismo, como tachou ÉPOCA. A reprovação ao chilique de Luciano Huck é uma reação legítima de uma sociedade que cada vez mais rejeita e protesta contra o sentimento de que uns são melhores que outros. Costuma-se dar a isso o nome de desigualdade.
* Jornalista e bacharel em Direito
7 comentários:
Concordo plenamente contigo Ricardo.
Ótimo texto.
Sua matéria ficou ótima,aninguém deve ser dado o "privilégio" de não ser assaltado,principalmente quando isso parte da mídia. O que acheimais interessante foi o título... sugestivo kkkkkkkkkkkkk
Zel�o Pro S�o Ricardo:
Excelente a abordagem do coment�rio. Est� a altura da sua inteligencia.
No entanto, o senhor nega ao apresentador Luciano Huck, o leg�timo direito do "jus esperniendi". S� em termos metaf�ricos, gostaria de ver, como o senhor agiria se lhe fosse tomado de assalto o seu precioso "roscofi"?
KKKKKKKKKKKKK
Zelão Pro Sêo Madeirada:
Ué, eu pensava que era justamente o contrário: - Não ser assaltado deveria ser um previlégio de todos os cidadãos e um direito garantido pelo Estado.
Não sendo, quem não gostaria de gozar desse previlégio?
KKKKKKKKKKKKKKK
SEU PIMENTA VOCÊ VICIOU SEUS LEITORES, E AGORA NOS DEIXA SEM NOTAS. A ULTIMA ATUALIZAÇÃO FOI ONTEM
ÀS 22:28HS. VAMOS TRABALHAR!!!!!!!!
Ricardo, boa matéria.
A Revista Época e a Veja sairam na defesa do moço bonito da zona sul que ficou revoltado com o assalto.
Não que o apresentador não deva protestar em razão do ato de violência; mas é que o tamanho do grito não foi proporcional à força do beliscão.
Bom texto! Queria que todos os dias fosse noticiado na Folha, no Estadão, No Globo, em todos os jornalões a massa de brasileiros que são assaltados... Faltou apenas falar da entrevista que ele deu à Veja semana passada! O absurdo é legítimo nestas plagas!
Postar um comentário