Vampiros!
A Câmara de Vereadores, o Ministério Público Estadual e as entidades representativas precisam abrir o olho para a briga pessoal do secretáro de saúde de Itabuna, Jesuíno Oliveira, e o presidente da Fasi, Raimundo Vieira, conhecido como Raimundo do Caixão.
Quem assistiu ao BA-TV, da afiliada local da Globo, pôde perceber que há uma nítida má-vontade, uma disputa pessoal e um não-sei-o-quê-mais entre os dois que podem afetar a rede de saúde em Itabuna. E não apenas o hospital de Base.
Jesuíno apareceu visivelmente nervoso na entrevista ao jornalístico da TV Santa Cruz, dizendo que repassou dinheiro para a fundação mantenedora do Hospital de Base. E, se há problema, não é com ele, pois "ela (a Fasi) tem autonomia administrativa e financeira", observava.
Do outro lado, aparece Raimundo do Caixão, da Fasi, dizendo que havia a promessa de dinheiro novo para pagar o funcionalismo. Mostrando-se descrente das palavras do secretário, recomendava que deveria se esperar dar 19h para ver se o dinheiro seria "individualizado" e cairia na conta dos barnabés.
Antes dessa quizumba entre os dois, o secretário estadual de saúde, Jorge Solla, disse em entrevista ao jornal A Região que o problema do setor em Itabuna não era de dinheiro, mas de (falta) de gestão. Ineficiência, como deixou claro.
Os funcionários do hospital reagiram aos dois meses de salários e metade do 13º atrasados e paralisaram as atividades, atendendo somente os casos de internação e de emergência.
Ainda no meio da confusão, o secretário de saúde soltou nota oficial e disse que havia repassado R$ 3,4 milhões para o hospital municipal (controlado por um homem de confiança do prefeito Fernando Gomes!) e não entendia o motivo do atraso de salário.
Mais tarde, sem cobrar o que foi feito com os R$ 3,4 milhões repassados, anunciou o depósito de outros R$ 280 mil para o hospital (aquele dinheiro novo!). Era, disse, para pagar o salário dos funcionários.
E aí, alguém vai tirar a bunda da cadeira e perguntar qual o destino dos mais de R$ 3 milhões?
O circo foi completado na Câmara de Vereadores. Fuzilado por todos os lados e com pouca coisa por dizer, o secretário Jesuíno diz que os funcionários do hospital foram intransigentes ao paralisar as atividades. Os intransigentes estavam há dois meses sem salários e sem metade do décimo terceiro, mesmo depois de se saber que a saúde de Itabuna nada em dinheiro.
Nada, nada em dinheiro e indícios de corrupção, a julgar pelas sobras daqui, repasses dali e licitações inexistentes (ou viciadas).
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