11 outubro 2007

Che Guevara. Só um mito!

Zelão, o Contador de Histórias!

Muitas filosofias ou dogmas necessitam de um mito para sobreviver.

Em plena guerra fria travada entre os Estados Unidos e a hoje extinta União Soviética, eclodiu, na Ilha de Cuba, o movimento revolucionário popular de Sierra Maestra, liderado por Fidel Castro, ao qual se juntou Ernesto Che Guevara, um jovem médico argentino, ferrenho seguidor do regime comunista russo.

O movimento encantou a população pobre de Cuba e daí até a derrubada do podre governo de Fulgêncio Batista, foi um pulo que nem mesmo Fidel e Che, imaginaram tão rápido.

Uma outra parte da história conta que, na realidade nua dos fatos, o movimento revolucionário liderado por Fidel, teria contado com a ajuda do governo norte-americano, que já havia se cansado do corrupto Fulgêncio Batista, e, que só após vitoriosa a revolução é que Fidel teria se bandeado pros lados da Rússia, até como forma de negociar melhor com os Estados Unidos, o que na realidade seria uma chantagem política em busca de ajuda econômica.

Conta também uma parte da história que Che Guevara implantou em Cuba os mesmos moldes da revolução bolchevista de Stalin, pela qual, só um banho de sangue seria capaz de consolidar os ideais revolucionários e garantir a consolidação do Estado Proletário.

Che se tornou o principal carrasco daqueles que eram considerados inimigos da revolução (nem mesmo velhos companheiros escaparam). E, pra dar o exemplo maior, comandava ele mesmo as sessões de torturas, os sumários julgamentos e as execuções pelos pelotões de fuzilamento.

Tamanha teria sido a carnificina comandada por Che que teria levado Fidel Castro a se sentir ameaçado e ter expulsado Che de Cuba – o homem tinha se tornado uma verdadeira fera sanguinária.

Porém, tudo foi feito de maneira que, perante o mundo, a figura de Che fosse preservada, para que não se revelasse a dissidência interna da revolução. Che, mantido com o dinheiro da Rússia, passou a peregrinar pelo mundo em busca de terreno fértil para plantar a semente dos ideais revolucionários comunistas.

Em uma época cheia de símbolos, Che Guevara era a figura ideal para representar a libertação dos povos oprimidos. E assim nasceu e morreu o ícone Ernesto Che Guevara, que se tivesse vivido nos tempos de hoje, a exemplo dos sanguinários comandantes sérvios, seria julgado pela prática de crime contra a humanidade.

No mundo existem muitos desses, que ficaram conhecidos como ídolos de barro!

Zelão – O contador de outras versões da História

6 comentários:

Anônimo disse...

Leitor de Veja - a última Flor do Fáscio!, de acordo o jornalista Paulo Henrique Amorin - o nosso Zelão, quem diria!?, segue a cartilha de que para tingir os fins não importa os meios. Quer acreditar ser possível se fazer revolução sem sangue para atacar supostos adversários do seu candidato (??) a candidato a prefeito o tucano Zé Adervan.

O saco não precisa ser puxado dessa forma tão deslavada para aparecer à luz solar depois de anos de ostracismo e penumbra. É por isso que as mariposas não conseguem sobreviver depois de expostas à luz. Ficam cegas...

Anônimo disse...

Tarefa inglória a tua: desconstrução de um mito.
Lembro-me de uma viagem à Bolívia nos anos 90 em que conheci uma senhora, então octogenária. Ao revelar a minha nacionalidade, a simpática velhinha buscou em sua vasta memória um ponto de referência comum que pudesse nos unir na prosa. Invocou o fato de ter conhecido um outro brasileiro: o Carlos Prestes. Tomando interesse em sua revelação, fiz indagações que pudessem revelar o grau de associação da octogenária com o ilustre brasileiro. Ela então informou-me que ainda era criança quando "el revoltosos" sentaram pé naquele pedaço de chão boliviano fugindo das forças expedicionárias brasileiras. Em seu relato ficou claro que ela não conhecera o Prestes mas o mito. Com a função de vender salgadinhos, provavelmente "salteñas", ela avistara "el revoltoso" maior que descrevera como alto, bonito, forte e poderoso. Características de um herói, pressuposto de um mito.
É a mesma descrição dada ao herói de Garcia Marques, Aureliano Buendia (aquele a quem as mães entregavam as suas virgens para que ao dormir com ele porduzissem rebentos igualmente heróicos), em Cem Anos de Solidão.
Lendo os jornais desta semana, percebi que as descrições dadas por paisanos bolivianos que conviveram com o Che eram similares. Aluns inclusive ergueram altar ao "Santo Che", aquele que, como Jesus, deu a sua vida por uma causa não pessoal.
Daí resulta a minha percepção da inglória tarefa que tens pela frente, já dita, a de desconstruir um mito.

Muniz

Anônimo disse...

Zelão Para Muniz:


Longe de mim a presunção de querer desconstruir um mito. Além de que; reconheço que os mitos são necessários para preencherem o vazio que existe no imaginário do povo, pela carência de verdadeiros líderes.
Tão sómente, quis mostrar o outro lado da história, a qual todos precisam conhecer. Veja você; que até mesmo Jesus Cristo, o maior dos ídolos da humanidade, teve contada outras versões da sua história, que diferem daquelas contadas pelos apóstolos.
Mas, se mesmo depois de conhecer outras versões da história, você, a exemplo de muitos, preferem continuar "idolatrando", é uma questão de opção historica, a qual respeito. Só aconselho a não expor o seu "ídolo à chuva", pois, ele pode ser de barro e se derreterá.

Zelão!

Anônimo disse...

Zelão Pro Sêo Zé Buracos (Peneira):


Sêo Zé!

Basta uma rapida espiada na história para encontrar outros mitos: - Hitller, Mussollini, Stalin, Jesus Cristo, Buda e a Virgem Maria.
De uns, a história fala mal. são pinchados como crueis e sanguinários. Mas, mesmo assim são considerados "ídolos" até os dias de hoje. Outros, a exemplos do Cristo, Buda e a Virgem Maria, que foram exaltados e adorados, novas versões da história não foram com eles tão benevolentes.
Mitos são mitos, que por serem "construídos pelo homem", por outros são contestados. Assim se constrói a história.
Quanto a você citar Adervan, não é do meu conhecimento que ele seja algum mito, ou tenha pretensões em ser.
Não é bom misturar "alhos com bugalhos", nem "história com estoria".

Zelão!

Anônimo disse...

Ziriguidum!

incrivel!,... fantastico!,... extraordinário!,...

Como são muitos aqueles os que nada tendo para fazer, armados com um computador, nem ler direito conseguem.
Já vi que a interpretação de um texto é coisa para poucos; exatamente por isso, creio, deram ao FHC e agora ao Lula um segundo mandato - quatro ao Cuma, 03 a Jabes e por ai vai (tô com medo que deem 02 ao Valderico). Liga não Zelão, tenho certeza, uns (poucos) leram e entenderam.

Anônimo disse...

Sobre o mito, não o autor

Agora tens uma nova tarefa, igualmente inglória, a saber, defender o teu argumento.

Uma versão alternativa da história não faz a anterior desaparecer. Escrever história, como qualquer outro material de conteúdo científico, requer uma teoria. A versão que apresentastes apresenta uma teoria ideologizada e que, por esta razão, perde o caráter científico. A teoria de que Fidel teria recebido ajuda americana é conspiratória e portanto sem validade científica (veja bem não estou dizendo que não aconteceu, apenas não pode ser provada). Se não tem validade científica vira especulação.
Isto torna a tua tarefa mais inglória ainda, descontruir um mito por meio de teorias conspiratórias e especulações.

Obs. A minha réplica referia-se ao conteúdo do teu texto e não às tuas convicções pessoais, estas não julgo apenas respeito, apesar de não ter encontrado a isenção que ele pretende mostrar.

Quanto às minhas convicções, não há nada em minha réplica que a identifique. Não fiz nehuma defesa do revolucionário em tela, apenas refletia sobre a dificuldade de se desconstruir um mito. Imagine se ao invés de Che o senhor estivesse tentando descontruir a imagem do mito Hitler (pasme mas mitos também podem ser maus - outra coisa que o a tipologia do teu texto não trata)? A tua tarefa seria igualmente inglória.

Assim sendo perdeste tempo em associar o meu texto à defesa do revolucionário. Talvez, ao fazê-lo, denuciastes a tua própria inteção: a de atacá-lo. Isso complica ainda mais o teu propósito porque agora perdeste a neutralidade axiológica.

Muniz