08 outubro 2007

Pepino à vista!

O Ministério Público poderá acionar prefeituras baianas que ainda negociam suas contas-salário com bancos privados. O assunto está sendo discutido "em segredo", mas várias ações devem pipocar em todo o estado.

Várias prefeituras resolveram "privatizar" as folhas de pagamento do município para fazer "caixa".

Em Itabuna, a prefeitura afirmou que teria arrecadado cerca de R$ 4 milhões com a transferência das contas-salário do Banco do Brasil e do Bradesco para o Banco Real.

Isso representa algo como quatro mil, cinco mil servidores e uma movimentação mensal superior a R$ 2,5 milhões, sem contabilizar a folha da saúde, que tem mais de mil funcionários, entre ativos, inativos e "fantasmas".

Ilhéus 'vendeu' boa parte de sua folha ao Banco Itaú, e enfrentou problemas de toda ordem com o Bradesco, "dono" do dinheiro dos barnabés. A prefeitura cedeu e manteve as contas onde estavam.

Segundo o artigo 164 da Constituição Federal, os órgãos públicos devem transacionar com instituições financeiras oficiais, como Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste.

Sem trocadilhos, mas o tema vai render, principalmente porque existem questionamentos quanto ao fato do Banco do Brasil, por exemplo, ser ou não instituição oficial, pois é constituída de capital público e privado.

A vigorar o entendimento de que as contas devam ser mantidas em instituições oficiais, a prefeitura de Itabuna seria uma das que teriam maior prejuízo, pois "privatizou" a folha por R$ 4 milhões.

Ainda na Bahia, a prefeitura de Feira de Santana também recorreu a igual expediente, privatizando não para o Real, mas para o Itaú.

O debate foi aberto após o governo do estado anunciar que vai transferir as contas-salário de todo o funcionalismo do Bradesco para o Banco do Brasil, um negócio de R$ 485 milhões.

Um comentário:

Anônimo disse...

Imaginem o tamanho do segredo:
Só vou contar pra duas pessoas...
Deus e o Mundo